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Nativos digitais: os desafios de transformar estudantes em criadores de tecnologia

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O avanço da tecnologia digital trouxe consigo uma nova geração conhecida como nativos digitais. No Brasil, 95% das crianças e adolescentes têm acesso à internet, porém, a maioria, é refém do uso mais comum do computador e celular: consumir passivamente conteúdo gerado por adultos. Enquanto isso, os mesmos aparelhos poderiam ser usados como meio de criação e expressão pessoal, possibilitando o desenvolvimento de habilidades como a autonomia e a resolução de problemas.

Esta realidade apresenta riscos significativos que impactam não apenas o desempenho acadêmico, mas também a formação dos estudantes para o futuro profissional. Assim, transformar essa geração em jovens criadores de tecnologia, utilizando o senso crítico para um desenvolvimento integral, é urgente. Neste artigo, você vai saber como a educação digital e o pensamento computacional podem mudar essa realidade nas escolas.

Quem são os nativos digitais?

Os nativos digitais são indivíduos que, segundo a definição de Marc Prensky, em 2001 , “passaram a vida inteira cercados e usando computadores, videogames, tocadores de música digitais, câmeras de vídeo, telefones celulares, e todos os outros brinquedos e ferramentas da era digital”. Assim, são reconhecidos por características, como:

  • Acesso ilimitado às informações;
  • Realização de múltiplas tarefas;
  • Comunicação instantânea;
  • Afinidade com jogos e recompensas;
  • Dificuldade de concentração.

Embora estejam imersos em um mundo tecnológico, os nativos digitais estão enfrentando dificuldades até mesmo com o simples ato de usar computadores. Em pesquisa realizada em 2021 pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), apenas 24% dos estudantes foram considerados altamente eficientes em habilidades de navegação, o que demonstra que os nativos digitais não estão nem mesmo habilitados para compreender, distinguir ou usar, de modo eficiente, o conhecimento disponível na internet.

A imersão precoce na tecnologia tem levado os jovens a uma mentalidade de consumo passivo, onde a informação é prontamente disponível, mas a habilidade de sintetizar, usar as ferramentas de forma eficiente e criar conteúdo original é subdesenvolvida. Essa falta de protagonismo e de domínio tecnológico pode ter implicações no desenvolvimento educacional e profissional dos nativos digitais, afetando, inclusive, sua capacitação para o mercado de trabalho.

“Ter nascido na era digital e ser um nativo digital não significa que você vai ter habilidades digitais para usar a tecnologia de modo eficaz", afirmou Andreas Schleicher, Diretor de Educação da OCDE.

Consumo x criação: os desafios da educação digital

O consumo excessivo e passivo de conteúdo digital, como vimos, pode levar a uma série de problemas como a falta de autonomia e de habilidades essenciais para o mercado de trabalho. Jovens que passam a maior parte do tempo consumindo conteúdo têm menos oportunidades de desenvolver habilidades de resolução de problemas, pensamento crítico e criatividade, essenciais para a era digital.

Neste sentido, a educação digital surge como uma solução que tem como objetivo não apenas oferecer acesso à tecnologia, mas desenvolver habilidades transdisciplinares, por meio de ferramentas digitais, para formar jovens criadores digitais, que usam a tecnologia para desenvolver novos conteúdos, ferramentas e soluções. E não estamos falando apenas sobre criar ou jogar jogos, mas criar aquilo que o jovem tem interesse: aplicativos, poesias, músicas, animações, filmes, websites e muito mais.

Guilherme Silveira, fundador da Alura , cita o exemplo do Google Maps para demonstrar a importância de se tornar um criador digital: “se desejo ir do centro da cidade para minha casa a pé, ele mostra o caminho mais rápido ou mais curto. Mas não me dá a opção do caminho mais bonito, ou mais arborizado”. Ele reforça, ainda, que como consumidores passivos de vídeos e aplicativos, somos reféns de seus criadores e nem cogitamos opções diferentes para nossas vidas.

Com a educação digital, ao invés de serem apenas consumidores, os estudantes se tornam produtores ativos, capazes de influenciar e transformar o mundo ao seu redor. Para alcançar isso, é essencial que a educação digital vá além do simples uso da tecnologia, incorporando o desenvolvimento do pensamento computacional na escola.

O pensamento computacional na escola

Uma das formas mais eficazes de transformar consumidores em criadores digitais é o desenvolvimento do pensamento computacional nas escolas, por meio da programação. O pensamento computacional envolve a resolução de problemas de maneira sistemática e lógica, utilizando conceitos fundamentais da ciência da computação. Isso significa fomentar habilidades como decomposição de problemas, reconhecimento de padrões, abstração e algoritmos.

Com a programação, os estudantes exploram um universo sem fronteiras, criando e simulando ambientes, personagens e ações sem limites físicos. Na prática, podem elaborar projetos que se alinham com suas preferências, como simuladores de foguetes, um robô que gera poesia, uma Inteligência Artificial (IA) mágica que adivinha o nome do usuário, entre tantas alternativas que estimulam a criatividade e a autonomia. Segundo Guilherme Silveira, “desenvolver a habilidade de computar leva os estudantes a não somente se desenvolverem de forma mais integral, mas também a reconhecer melhor o que consomem”.

A temática é tão relevante para a formação integral, que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), em seu Anexo da Computação , homologado em 2022, reconhece a importância do desenvolvimento das competências tecnológicas e define este aprendizado como uma diretriz obrigatória para a Educação Básica no Brasil, de acordo os eixos “pensamento computacional”, “mundo digital” e “cultura digital”.

A inclusão do pensamento computacional na Educação Básica prepara os jovens para um futuro onde a tecnologia será cada vez mais predominante. Eles não apenas aprenderão a usar as ferramentas digitais existentes, mas também a criar novas, adaptando-se e liderando em um mundo em constante evolução tecnológica.

Alura Start: transformando o futuro com a programação

Uma solução que atende a esta necessidade é a Alura Start , plataforma educacional que atua na formação de estudantes do Ensino Fundamental e Ensino Médio, desenvolvendo o pensamento computacional e habilidades digitais por meio do ensino de programação de forma curricular.

Segundo Thais Pianucci, Head da Unidade Alura Start, “os estudantes são estimulados a desenvolver o pensamento crítico e analítico para a resolução de problemas, por meio de conteúdos contextualizados em casos reais de seu dia a dia, em uma plataforma intuitiva e em um aplicativo exclusivo”. Além disso, “com o apoio que também fornecemos, por meio das formações de professores, os estudantes atingem avanços expressivos”, ressalta.

Além de impactar os estudantes, a Alura Start oferece suporte para a gestão e formação continuada para professores e professoras com conteúdos síncronos e assíncronos para as melhores práticas pedagógicas.

Os nativos digitais tendem a ser consumidores passivos de conteúdo e, por isso, é fundamental que educadores e gestores reconheçam a importância do desenvolvimento do pensamento computacional. Assim, possibilitam que os estudantes se tornem criadores digitais ativos e usem a tecnologia de forma crítica para um impacto positivo em seu desenvolvimento pessoal, profissional e em toda a sociedade.

A Alura Start oferece uma solução eficaz para este desafio, preparando os estudantes para os desafios do futuro digital. Quer saber como sua escola pode transformar a vida dos estudantes por meio da tecnologia? Acesse o site e seja uma Escola Inovadora Start!